Direito de Morrer 
Ouve-se
 muito falar em eutanásia, que não é tão praticada quando relacionada ao
 seu oposto, a distanásia. A distanásia consiste em um ato médico onde 
retarda o processo de morrer,
 porém o paciente é submetido a sofrimentos e torturas. Já a eutanásia é
 entendida como uma antecipação da morte de um paciente, promovida por 
um terceiro, não necessariamente um médico. 
A distanásia, ao ser praticada, exige muito do paciente; o que será melhor: morrer ou viver sob tortura? Distanásia é comparada a mamba, uma cobra peçonhenta que propicia antes da morte quase certa, muito sofrimento. 
Decisões
 a serem tomadas em relação a prolongar ou adiantar o processo de morte 
são muito difíceis, até mesmo pelo fato de a família exigir e ter uma 
confiança exacerbada na alta tecnologia ofertada e no conhecimento que 
os médicos possuem; quanto mais sofisticado o hospital mais equipamentos
 sofisticados existem, onde aumenta a oferta da distanásia; por outro 
lado tem
 a fé divina que querendo ou não acaba se atrelando ao tratamento. O 
fato é que nenhum médico quer se dá por incompetente, muito menos a 
família quer perder o ente mesmo que debilitado. Por esses fatores a 
distanásia é muito praticada, porém ineficaz e sem resultados 
agradáveis. 
Um
 paciente em fase terminal, já está com o organismo muito fragilizado. 
Viver dependendo de terceiros, é vegetar, sugar e sofrer; cansa quem 
está debilitado, cansa a equipe médica, cansa a família, enfim dizem que
 “há males que vêem para o bem”; no caso de um paciente no fim da vida 
seria mais viável adiantar o processo de morrer. A distanásia é 
praticada geralmente por quem crer na cura ou está a espera da ortotanásia (morte correta, natural). 
Este
 assunto tem sido debatido por éticos e juristas no mundo inteiro; a 
morte não é entendida como uma fase do ciclo natural da vida, e sim, 
como falha médica. Os temas envolvendo situações limites, como a morte, 
sempre despertam conflitos de opiniões, desejos e interesses. O 
importante para que a distanásia não ocorra, é manter o foco no ser 
humano, no bem-estar do homem. 
 
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